O Risco da Customização Exagerada

O ideal de todo software é que ele seja flexível, adaptando-se as necessidade de cada cliente. Porém, é comum encontrar no mercado muitas empresas que se perderam entre as diversas customizações, e não conseguem mais encontrar o “caminho de volta”. Isto porque, toda vez que customizamos, mudamos o código-fonte, o DNA de funcionamento do software. Assim, quanto mais se altera, maior o risco do software perder a funcionalidade e operatividade.

Outro ponto de risco no abuso das customizações é por conta das mudanças legais. As necessidades para cumprimento da legislação se altera constantemente. Muitas vezes, a adequação das empresas às novas normas exige que o sofware seja adaptado para cumprir um padrão de envio, por exemplo. Exemplos destas alterações aconteceram com a implementação do eFiscal, eContábil, o eSocial e a Nota Fiscal Eletrônica. Uma empresa que foge muito do comum, com um software e um processo desenvolvido com exclusividade demasiada, tende a sofrer mais para cumprir estas exigências legais.

Quando falamos em customização, automaticamente o radical da palavra nos remete a pensar em CUSTO. Por isso, é muito importante o cliente saber equilibrar o padrão com o customizado, tomando cuidado para que as customizações não virem uma “bola de neve”, em termos de custo e funcionalidade do software adquirido.

O impacto da crise no mercado de software

2016 não foi um ano fácil em nenhum setor e no mercado de software não poderia ser diferente. As empresas estão segurando orçamento para mudanças de fornecedores, o ciclo de venda é muito mais longo e as aprovações de investimento mais criteriosas. Mas o que poderia ser retração, pode virar oportunidade.

Apesar de que, majoritariamente, cortar novos investimentos é sempre um dos primeiros pensamentos quando vislumbramos tempos difíceis futuros, nem todas as empresas pensam assim. Um dos grandes álibis das empresas de software é oferecer aos clientes mais segurança e controle, justamente quando o mercado não está mais oferecendo essas condições. Até porque em tempos áureos, onde os lucros são fáceis, alguma “falta de controle” dos processos é tolerável. Porém, em crise, quando o mercado é competitivo e o lucro disputado e escasso, o bom resultado da empresa depende um bom controle interno.

De acordo com pesquisa divulgada pela revista BITMagazine, em 2016, o Brasil totalizou o ano com US$ 27 bilhões em investimentos em software e serviços, ficando em oitavo lugar no ranque mundial. Isso revela que o empresário brasileiro sabe que organizar a casa e investir em um bom ERP pode, não só garantir a estabilidade em momentos de turbulência, como também impulsionar a operosidade para aumentar as vendas e continuar o crescimento.